Por Adam Bryant

Aviso: A história a seguir contém spoilers para o episódio de Castle de segunda-feira (“Need To Know”). Leia por sua conta e risco.

No último episódio de Castle, Kate Beckett aprendeu que às vezes fazer as coisas por boas razões pode ainda assim causa problemas.

O que começou como uma investigação de rotina para a polícia de NY para Castle (Nathan Fillion), Ryan (Seamus Dever) e Esposito (Jon Huertas) – uma estrela dos anos 90 de uma série de TV no estilo “Saved By The Bell” foi encontrada morta enquanto a produção para um filme de reunião do elenco estava sendo feita – rapidamente se tornou algo mais quando Beckett (Stana Katic) e McCord (atriz convidada Lisa Edelstein) foram chamadas de D.C.. Mas até o Gabinete da Procuradoria Geral não tinha todas as respostas: logo foi revelado que o ator morto na verdade estava trabalhando com a CIA para espiar uma família de mafiosos russos.

Quando a CIA pediu que a polícia de NY parasse com a investigação de assassinato com medo que isso desse alguma dica a seus alvos russos, Beckett secretamente dá a Castle & Cia conhecimento suficiente para resolver o assassinato e descobrir que o falecido ator tinha se apaixonado pela sobrinha do chefe da máfia o qual ele estava espiando. Mas quando a CIA ameaçou expô-la para sua família como traidora se ela não continuasse com a espionagem para a agência, Beckett fez uma ligação anônima para a imprensa, identificando a sobrinha e a salvando de uma possível morte nas mãos dos mafiosos.

Infelizmente para Beckett, o Gabinete da Procuradoria Geral fica sabendo de seu feito e McCord aparece no loft de Castle para entregar-lhe uma notícia ruim: Beckett estava demitida! O TVGuide.com conversou com Katic para discutir porque o trabalho de Beckett em D.C. não era o que ela havia pensado que seria e para onde ela vai agora.

Olhando para a história do começo dessa temporada, está claro que o trabalho em D.C. não acabou sendo o que Beckett imaginava.
Stana Katic:
Eu acho que houve alguns acordos que ela não esperava quando ela aceitou o trabalho. Ela tem sido uma personagem muito focada na justiça. E lá provavelmente havia algumas pessoas que deveriam ter tido justiça que, pelo jeito que fizemos o mundo de D.C., não terão. Isso não está certo para ela.

Isso é o que a leva a liberar a informação para a imprensa?
Katic:
Pela maneira que os roteiristas criaram a personagem, ela tem valores fundamentais que estão focados em dar justiça aos caras maus. Eu não acho que ela consegue trabalhar contra isso. Então, por ela ser quem ela é, ela tem que ter certeza que a vítima está segura e as pessoas más foram colocadas de lado.

Mas claro que isso lhe custa seu trabalho em D.C.. Como isso afeta Beckett?
Katic:
É um choque. Acho que é esmagador. Digo, era o trabalho dos sonhos e colocou sua história em uma esfera mais internacional, o que é muito animador. E eu acho que ela pensou que fazendo a coisa certa, ela estava fazendo a coisa certa por aquele trabalho e por aquele mundo também. Mas obviamente ela foi castigada por isso e teve problemas por isso.

O trabalho de Beckett é tão fundamental para quem ela é. Como isso a afetará emocionalmente no próximo episódio?
Katic: O que ela é em sua essência é um pouquinho de super-heroína. Ela é alguém que quer ajudar as pessoas que não estão sendo protegidas e chegará ao ponto de até se prejudicar por elas. Então, é, ela será um peixe fora d’água, pois ela não terá um propósito após perder seu trabalho. Ela não pode ir de volta à polícia de NY. E então, ela está apenas divagando um pouquinho. E espero que ela pare.

Mesmo que Castle estivesse preparado para mudar para D.C., há alguma parte de Beckett que vê o que aconteceu com seu trabalho como uma boa coisa para seu relacionamento com ele?
Katic: O que aconteceu com ela se mudando para D.C… É que o relacionamento ficou mais forte, se solidificou. De verdade, se o crescimento de uma pessoa quebrará um relacionamento, então pra começar esse relacionamento já não tinha salvação. E sua oportunidade de trabalho foi uma oportunidade para ambos trabalharem em vencer um obstáculo… Então, o fato de que eles superaram isso – e que Castle estava disposto a se mudar – solidificou esse comprometimento de um com o outro… E provavelmente aprofundou o amor de um pelo outro.

Algo do que McCord sugeriu a Beckett sobre misturar trabalho com relacionamento ainda está na cabeça dela?
Katic: Eu realmente não acho que haverá qualquer tipo de questionamento sobre o relacionamento. Quero dizer, o valor dele para ela é concreto. Eu acho que o conselho de McCord vem de uma experiência pessoal, e foi um ótimo conselho de mentora. Mas isso não necessariamente se aplica ao relacionamento de Castle e Beckett.

Como foi para Beckett ver um novo detetive (Joshua Bitton) sentando em sua antiga mesa no 12º DP?
Katic: Primeiro de tudo, ele é um desleixado. É sempre desconcertante quando você vai para casa e alguém pegou seu quarto é há uma bagunça enorme. Mas o que é adorável é que esse personagem… Chega alerta sobre as coisas. Ele aprecia tanto o espaço que ele está cobrindo que Beckett é bastante generosa em deixa-lo tê-lo e deixar esse espaço ser dele agora.

E sobre seus ex-colegas Ryan e Esposito? Foi difícil trabalhar com eles com outra dinâmica?
Katic: Há um pouco do que acontece quando uma pessoa sobe de posição e daí volta ou sai para o colegial e então retorna. Você vê isso de forma diferente e objetivamente. Ela tenta entender o que significa agora estar com seus antigos colegas de trabalho. Todos esses episódios foram… Há todo o FBI chegando e tomando o caso. Agora ela é essa pessoa. Esses caras sempre reclamavam desses indivíduos e agora ela é essa pessoa. Ela ama essa família do trabalho que ela tem tido por um grande tempo, mas ela também é responsável por esse novo trabalho. E eu acho que esse é o equilíbrio que ela precisa descobrir.

Onde quer que Beckett acabe agora, você acha que ela está dando passos para trás após perder seu trabalho dos sonhos?
Katic: Ela é o tipo de personagem que, quer seja no Gabinete da Procuradoria Geral, ou no Departamento de polícia de New York, ou no Departamento de Bombeiros, ou na Interpol, ela sempre será um elemento brilhante nessas organizações. Não importa necessariamente qual quadro de trabalho ela está, contanto que ela esteja protegendo pessoas e trazendo justiça para as pessoas más.