Já havíamos postado um pedaço da entrevista de Stana Katic para a Entertainment Weekly dessa semana, na qual ela fala um pouco sobre música, uma de suas paixões. Confira a entrevista na integra, publicada no site da revista, e saiba mais sobre o gosto musical da atriz e seu filme que estreará em breve, CBGB – O Berço do Punk Rock.
Por Kyle Anderson
Em Castle, Stana Katic interpreta Kate Beckett, a detective que não está para brincadeira e que, muitas vezes, precisa dominar seu parceiro e namorado Rick Castle.
Em sua vida fora das investigações na TV, no entanto, Katic é um pouco mais livre, ela viaja regularmente pelo mundo em busca de novas culturas e passa boa parte desse tempo na estrada ouvindo e colecionando música nova.
Ela também aprendeu um pouco da história do punk-rock, para seu filme que será lançado em breve CBGB – O Berço do Puck Rock, no qual ela interpreta a produtora e base do club, Genya Ravan. Confira alguns dos artistas preferidos de Katic, abaixo, e ouça todos eles na playlist ao final da página.
Queen, “I Want to Break Free”
“Isso, p—-! Eu não a conhecia até pouco tempo. Existem algumas músicas de rock clássico que, por alguma razão, não estavam no meu radar quando eu era mais nova. Essa música fala comigo de tantas maneiras. Todos ao meu redor ficavam, ‘Como você não conhece essa música?’ Daí, assisti ao clipe e fiquei ainda mais apaixonada por ela. Freddie Mercury é incrível. Ele é um vocalista incrível e sua história também é muito maravilhosa. Essa (música) é aquela mistura maravilhosa de melodia de balada clássica com rock e eu vejo isso acontecendo muito, agora. O vocalista principal da diversão. Ou Neon Trees, esses caras têm vozes que poderiam servir elegantemente e perfeitamente em qualquer palco da Broadway, mas, aqui estão eles, nos entretendo com rock. As letras deles são tão complexas e capazes de inspirar muito. Freddie Mercury, acho que de muitas maneiras, liderou esse caminho. Ele é um artista incrível. Eu gosto dessa música porque tem uma ótima batida, há muita diversão nela, mas ela fala com a minha inquietação, meu desejo de viajar neste momento. Eu me sinto como um leopardo enjaulado, às vezes.”
Led Zeppelin, “When The Levee Breaks”
“Melhor música para beijar do planeta! Esse ritmo é tão obsceno e livre. O Led Zeppelin misturou tudo de melhor da música internacional nos anos em que eles trabalharam juntos. A banda toda era fenomenal. Quando eles se uniam, como Jimmy Page disse, acontece o quinteto mágico. Essa música mostra a influência deles de blues, honky-tonk e música do Oriente, uma mistura fenomenal. E vem de uma música de verdade do Sul, mas a forma como eles a mudaram e a maneira que Robert Plant canta ela, é incrível. É muito sexy e obscena e eu a amo. É muito honesta. E pode ser interpretada de tantas maneiras, claro.”
Jack White, “Love Is Blindness”
“Eu o amo como artista, porque ele não tem medo dos erros. Ele é tão presente e honesto. Eu já o vi tocar ao vivo algumas vezes e há uma qualidade fora de série nele que eu realmente me identifico. Como artista, ele está tocando no palco e tem muita presença e é verdadeiro, é realmente extraordinário. U2 é fantástico, mas ele pegou essa música e a deixou uma bomba. Definitivamente, ele a deixou mais obscura. É a mesma coisa que acontece com Led Zeppelin, há uma rusticidade à música, e uma possibilidade para algo que é um pouco mais primordial e, talvez, um pouco mais genuíno, pois está muito mais próximo de uma existência do tipo animal. É emocionante, é um pouco mais terrível e mais suja. Há a possibilidade, possibilidade de saltar para algo emocionante e crescente, e a possibilidade de que há algo muito obscuro e perigoso. A música é erótica porque é criativa dessa maneira.”
Teddybears feat. Iggy Pop, “Punkrocker”
“Todo mundo nessa música está agarrando o punk rock. Iggy tem uma dança realmente maravilhosa nesse quesito e eu realmente gosto disso. Isso fez sentido para a personagem que eu interpreto no filme CBGB. Esse não é um mundo seguro, limpo e bom. É perigoso.”
First Aid Kit, “Wolf”
“Essa é muito menininha para essa lista, mas eu sou uma garota. Eu a adoro. Adoro os tambores. Tem um tipo de referência para muito daquela coisa folk do fim dos anos 60, começo dos 70, nessa música. De alguma maneira, é um pouco xamanista. Acho que não existe uma única pessoa no planeta que resiste a essa parte da música. Os tambores são fundamentais. Está além do nosso DNA atual. Isso é algo que tivemos em nossa existência, desde o surgimento da humanidade. Afeta a todos. Também há um sentimento de liberdade e leveza na dancinha deles. É mais suave do que as outras músicas, mas mantém um certo tipo de graça da terra.”
The Band, The Last Waltz
“Algumas músicas não significam a mesma coisa que elas significavam quando você tinha 16 anos, mas, também, há algumas musicas que, por alguma razão, nunca te deixam. Eu me lembro que eu havia acabado de me mudar para L.A. e eu conhecia The Band, eu amo a musica deles, Robbie Robertson, Danko, todos eles. Porém eu nunca havia assistido a O Último Concerto de Rock e meu colega, que é um artista maravilhoso, tinha o DVD, que ele havia acabado de conseguir, e me deu e isso me fez ver uma nova versão da The Band. Ver esses caras irem rodada, após rodada, após rodada com todos os grandes nomes da música daquela Era, essa música nunca vai me deixar. Sempre será uma inspiração e uma fonte de refúgio. Você passa pela vida e, às vezes, ela é mais inspiradora e, às vezes, menos. Mas a música sempre funciona como um bom tipo de ponto de acesso.”
Chief Commander Ebenezer Obey & His International Brothers, “Ajoyio”
“Essa é uma música mais madura. É realmente linda. Há um ponto de dissonância que eu acho muito interessante, porque está tudo bem. Eu não sei se é de proposito ou um erro, mas eu acho interessante. Daí ela volta para fora da dissonância e eu acho algo muito interessante. Eu adoro que ela é uma música com base africana. Música folk é muito atraente para mim e eu tento juntar o máximo disso possível, especialmente quando eu estou em um país que é mais isolado. Isso é tão legal e simples. As vozes melodiosas são tão poderosas, livres e desinibidas. Estou constantemente juntando música nova. Eu viajo e eu tento manter meu foco a longo alcance o máximo possível. Então, eu irei para a Mongólia, ou eu acabei de voltar da Argentina. Quando eu estou lá, nesses lugares, e eu conheço as pessoas, uma das coisas que fazemos é compartilhar música. Na Argentina, eu estava em um carro com esses caras e nós começamos a trocar músicas uns com os outros. Eu sempre estou ouvindo diferentes estações de músicas na internet. É parte de quem eu sou. Eu realmente gosto de música, do fazer música e de compartilhá-la. Às vezes, é a única coisa que me mantem presente no planeta, porque é incrível e inspiradora.”
Niki & the Dove, “DJ Ease My Mind”
“Eu realmente gosto de música que você pode dançar. Um dos meus sons preferidos são cânticos, tipo, pessoas torcendo para um time de futebol. Há uma versão disso que pode acabar com os nervos, que é o protesto. Mas há uma outra versão disso que é tão poderosa, quando as pessoas estão em êxtase de uma maneira maravilhosa, apoiando. Eu não sei se você pode passar esse sentimento para as pessoas que não foram expostas a esses tipos de sons, mas é poderoso. Mesmo que você não esteja torcendo para o time, apenas ouvir aquela torcida é emocionante. Isso te suspende por um tempo e conecta todo mundo. Há um pouco disso nessa música, um pouco de ‘Estamos todos juntos nisso.’ Ela está cantando sobre um amor perdido. É uma coisa muito poderosa.”
Buika, “La Falsa Moneda”
“Essa trata, novamente, de buscar música ao redor do mundo. Sempre sou curiosa sobre outras culturas e o que é que eles têm a disposição deles. Essa música é muito simples, muito tranquila, tem a sensação de piano bar, mas quando a voz dela surge, é tão rouca e forte. Há uma tenacidade em seu som que eu acho atraente. Parece metálica, como um cano enferrujado que você assopra. É um ótimo som. A voz dela é muito especial e única. Eu a escolhi enquanto viajava. É uma de muitas.”
Alison Krauss, Gillian Welch, and Emmylou Harris, “Didn’t Leave Nobody But the Baby”
“É uma letra difícil. É honesta para a época, as pessoas estavam perdendo seus filhos, perdendo esposos, coisas assim. Alguma dessas músicas folks antigas tem uma coisa realmente assombrosa. Elas são belas músicas para cantar e ouvir, mas quando você as escuta, elas são um pouco mais obscuras do que parecem à primeira vista. Essa é uma das músicas que eu canto com a minha irmã, às vezes, e ela sempre se queima porque eu sempre erro a letra. Mas nós compartilhamos da música e é uma das que, quando nos vemos, sempre cantamos e eu sempre erro a letra. E ela fica louca toda vez!
Eu adoro o jeito que ela é e eu amo a maneira que a voz de Alison Krauss se mistura com as outras duas. Elas têm vozes de música folk muito bonitas. Quando eu era pequena, tínhamos um diretor de coral muito interessante que nos apresentou a um monte de música do mundo todo, como músicas com guizos e música latina. Eu cresci com a música folk e eu tinha muitos parentes que tocavam coisas que foram inspirados pela música folk. O rock clássico, na verdade, é uma extensão de música folk e blues. Há algo muito legal sobre a simplicidade dessa música. Você não precisa de muitos instrumentos. Você pode criá-la em seu próprio espaço.”