Canada South | 7 motivos por quê amamos Stana Katic

Em fevereiro de 2017, a revista canadense Canada South listou os 7 motivos de amarmos a atriz…

Mas sabemos que existem bem mais do que isso. Confiram a tradução.

por Greg Archer

Os canadenses apenas amam Stana Katic. A atriz que pode ser mais conhecida pelo seu papel da destemida e animada detetive Kate Beckett, na série de sucesso Castle, que esteve no ar por oito temporadas na ABC, nasceu em Hamilton, Ontário, Canadá e acabou sendo criada no coração da área rural de Ilinóis. Mas ela possui dupla cidadania e, muitas vezes, dá crédito a sua educação canadense e aos laços iugoslavos de sua família por modelar os seus valores.

A história: após se formar na West Aurora High School, em Ilinóis, em 1996, Katic retornou ao Canadá, estudou na Universidade de Toronto e, mais tarde, atuou na Universidade DePaul Goodman School of Drama, no início dos anos 2000. “Tive muitas influências quando pequena,” ela me contou alegremente durante uma entrevista alguns anos atrás. “Eu lia muito; lia sobre a Joana d’Arc, lia sobre a Pippi Meialonga, todas essas aventuras fantásticas. E então… Zorba. Eu realmente acredito naquele estilo de vida. Respirando a vida completamente.

E ela o tem feito.

Em adição a Castle, que atraia mais de 10 milhões de telespectadores semanalmente quando era transmitida e está entre as cinco séries mais vendidas para exibição na Espanha, França, Reino Unido, Itália e Alemanha, Katic encorpora o espírito da maioria dos canadenses: ela é resiliente e gentil. Além da TV a de seus papeis na TV, CBGB – O Berço do Punk RockBig SurBanquete do AmorFor Lovers Only007 – Quantum of Solace, o trabalho de Katic também teve um alcance filantrópico, o que certamente a destaca como um canadense notável, especialmente este ano. A gente pode continuar. Na verdade, vamos continuar. Aqui estão sete coisas que amamos na enigmática energética canadense.

7. Presença

Oito temporadas em uma série de TV não é acidente, ainda mais ao lado do colega canadense Nathan Fillion. Mas confira Stana Katic no filme independente dos irmãos Polish (Mark e Michael), For Lovers Only ou até mesmo em Cidades Irmãs, de 2016, e você pode ver o seu alcance notável como atriz. Ela traz algo raro para a tela.

6. Discernimento

Ela pensa adiante e não pula nos papéis. Em 2017, Katic começa a produção no papel principal de Absentia, um suspense-drama de 10 episódios da Sony Pictures Television.

5. Instagram

Procure as ofertas ecléticas de Katic, da humanidade a comida, na muito frequentada e popular mídia social dedicada a fotos. Ela possui quase 400 mil seguidores. Encontre-a em @drstanakatic.

4. Impetuoso e destemido

A empresa de produção que Katic fundou, Sine Timore Productions, tem um significado mais profundo. “Significa ‘sem medo, sem temor’,” ela me contou. “Eu gosto da ideia de formar uma empresa com a intenção de ser ilimitada.

3. Defensora feroz das crianças

O bem estar das crianças é uma coisa grande para Katic. Ela regularmente apoia o trabalho inspirador de profissionais médicos em vários hospitais infantis em todo o mundo e também coordena doações regulares para um orfanato na Índia. E a participação dela em painéis em um Festival de Filmes Infantis da República Tcheca é impressionante. Alfabetização infantil? Sim. Claramente, Katic acredita que investir na educação e na saúde de uma criança é um investimento na humanidade. Continue…

2. Moça verde

Um programa ambiental que Katic lançou com Seamus Dever, de Castle chamado The Alternative Travel Project (ATP) está virando moda. Originalmente, ele encorajava os indivíduos de Los Angeles a considerar não usar os automóveis deles por um dia ou mais. Desde então, ele virou global e criou um efeito dominó.

1. Profundidade

Durante uma viagem ao Peru, alguns anos atrás, Katic encontrou um shaman. “Ele estava me contando que o sistema de crenças da cultura dele é como um rio, quando um caminho abre, este é um caminho a ser seguido, deveria ser fácil seguir nessa direção,” ela se recordou. “E se houver uma luta profunda [em seguir] nessa direção, então esse não é o caminho para você. Você apenas deve seguir em um caminho diferente. Quando eu ouvi ele dizer isso, pensei: ‘Nossa, há tanta coisas com as quais lutamos diariamente. E talvez não sejam as coisas pelas quais deveríamos estar lutando; talvez seja muito mais simples, sabe?’ É assim que é a minha tomada de decisão. Quando estou explorando a minha decisão, é como um rio. Se parece certo, eu sigo facilmente naquela direção. Não existe ‘devo ou não devo?’ Ou uma lista de prós e contras, sem debate. Essa é a maneira de se entender o que fazer. E é o jeito que eu levo a minha vida.

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Toronto Sun | Stana Katic parte para o lado sombrio em “Absentia”

Fãs de Castle, alegrem-se!

Como a maioria de vocês sabem, uma das exportações mais populares do Canadá, a nativa de Hamilton, Ontário, Stana Katic, está finalmente de volta para onde ela pertence: na nossa telinha.

Dando nome ao novo suspense do Showcase, a vencedora de 3 People’s Choice Award interpreta um papel muito mais obscuro do que a da amada capitã do DPNY, Kate Beckett, que criou faísca romântica e profissional com o escritor de mistério, Richard Castle (interpretado por outro canadense, Nathan Fillion), na ABC, por oito temporadas.

Em sua última reencarnação da TV, a ex-aluna da Universidade de Toronto ainda interpreta uma oficial da lei, mas, desta vez, a agente do FBI Emily Byrne é o centro do mistério que tem que ser resolvido.

Após ser declarada morta por ausência, Emily deve recuperar a sua família, identidade e inocência, quando ela se encontra como a suspeita principal em uma série de assassinatos. Ah, e o marido dela, Nick, se casou novamente, o filho dela cresceu, foi criado por outra mulher e ela perdeu completamente o filme de Sex & The City.

O Postmedia Network conversou com a bela de 40 anos, que também é a produtora executiva da série, após visitar Toronto recentemente para falar sobre o movimento #MeToo, Tim Hortons e sua base de fãs extraordinariamente apaixonados.

Esse barulho que você ouve? São seus fãs gritando, “Aleluia, ela voltou!”
[Risos] Alguns deles viram Absentia antes, pois a série já foi exibida em alguns mercados estrangeiros. As pessoas estavam realmente entusiasmadas com ela e isso reverberou no mercado canadense.

Você descobriu por que seus fãs são tão leais e frenéticos? Eu não mexeria com eles.
[Risos] Se você descobrir, me conte, assim eu posso empacota-lo e vende-lo. É legal e adorável. Tenho muita sorte que os meus fãs me seguiram para minha nova série. E eu sei que eles se apaixonarão por todos os artistas, bem como por todos que trabalham nos bastidores da série, também. Eu não menosprezo nada disso. Sou muito grata.

Absentia é meio o afastamento da comédia-romântica/mistério da TV que você acabou de terminar.
É mais sujo e obscuro. É um suspense psicológico, mas, enquanto a maioria das famílias são complicadas, essa é mais complexa. Acho que será emocionante para as pessoas assistirem.

Os seus fãs ficarão perturbados?
Estou interpretando uma anti-heroína de tantas maneiras. Isso será algo novo para o meu público assistir. E ninguém é um anjo, o que me anima. A história depende da personagem que eu interpreto; no entanto, cada um dos personagens têm um arco e uma jornada fantásticos, como a maioria de histórias de conjunto têm. Essa personagem está entre o que é o normal da moralidade e o que não é. E um pouco mais característico, no sentido que as pessoas são complexas, comentem erros e se comportam mal. Por sorte, no mundo do Showcase, podemos brincar com essas dinâmicas.

Você sugeriria maratonar a sua série ou assistir semana após semana?
Depende de cada telespectador. Mas por ser tão intensa, às vezes, para mim, se algo é tão rápido assim, preciso fazer uma pausa. Algumas pessoas apenas precisam respirar.

Você está trabalhando com o seu colega de elenco de 007 – Quantum of Solace, Neil Jackson!
Você está me perguntando se a gente criou laços! [Risos] Eu gravei em Londres e a parte dele foi filmada na América do Sul, então, não.

Podemos esperar uma segunda temporada?
Essa é uma pergunta que eu terei que deixar os canais de televisão decidir.

Você é uma showrunner, você sente que o movimento #MeToo mudou as coisas ou as coisas estão mudando há algum tempo?
A transição tem acontecido há um tempinho, o que é animador. Assim que abrimos a narração para nossos tempos reflexivos e diversos, aí sinto que estamos contando mais histórias atraentes e envolventes. Sinto como se isso estivesse acontecendo e está acontecendo há um bom tempo. É ótimo ter as pessoas desafiando o sistema e o tornando melhor.

Com que frequência você retorna ao the Six (Toronto) e the Hammer (Hamilton)?
Pelo menos uma vez ao ano.

O que você faz quando você retorna a Ontário?
Posso beber um [café] duplo-duplo quando eu chego. Todos sabem disso, especialmente os amigos que me buscam no aeroporto. Aliás, tenho um deles sentado ao meu lado, enquanto conversamos. Há tanto restaurantes excelentes que é difícil dizer um especificamente. Sempre tenho sorte de comer comida ótima. O melhor lugar provavelmente? Sair com os meus amigos e familiares e ficarmos juntos em um ambiente acolhedor.

Elle Canada | Stana Katic conta por que gosta de interpretar uma anti-heroína

A atriz conta como foi conciliar o papel de produtora e atriz, o que a atraiu em Absentia e como foi gravar na Bulgária

por Sarah Laing

Não é um spoiler dizer que a nova série de Stana Katic é INTENSA, com letras maiúsculas e tudo. A nativa de Hamilton, Ontário, que você deve conhecer melhor de Castle, interpreta uma agente do FBI que todos achavam que havia morrido… até que ela é resgatada de um casebre na floresta, após seis anos em cativeiro. Se isso não fosse dramático o suficiente, a personagem dela, Emily, diz (ou melhor, alega) não se lembrar de nada sobre a medonha experiência. No entanto, do que ela está plenamente consciente é do fato do profundo choque de retornar para casa e encontrar um mundo que continuou sem ela: o marido dela casou novamente, o filho dela cresceu, o Bureau prendeu alguém que eles acharam que fosse o assassino dela.

Elle Canada: Você não só interpreta esta personagem que exige muito, mas você também está produzindo esta série. Qual é o papel mais estressante de se ter?
Stana Katic: É um suspense psicológico, então eu diria que manter a personagem fundamentada e compreensiva foi um desafio abrangente, enquanto que participar na produção do projeto foi legal, pois não requer imersão total, pelo menos não da mesma maneira.

Elle Canada: O que os deveres de produtor executivo na verdade exigem?
Stana Katic: 
Eu tive o título de produtora no passado, mas sinto que essa é a primeira vez que eu fui realmente bem-vinda à mesa. Isso envolveu muito diálogo sobre o desenvolvimento da personagem e da história antes e durante a gravação e, então, fui parte da edição dos episódios. Agora estamos de olho no futuro da série e isso é igualmente colaborativo, o que é animador para mim.

Elle Canada: Foi uma experiência estranha como atriz estar na mesa de edição de um projeto que você estrela?
Stana Katic: 
Não sou a pessoa que fica, “Oba, quero ver gravações de mim mesma!”. Não é, de modo algum, algo que eu faço no meu tempo livre. Houve um momento de embaraço quando percebi que isso seria parte do processo. Mas caí no conceito da história geral, de observa-la e de certificar-me que eu fosse uma ótima parceira em contar a história global com os outros colaboradores. Uma vez que você enxerga a história desse ponto, não importa se a câmera está em mim ou se está em um dos meus colegas de elenco, contanto que cada pedacinho disso esteja desafiando o público a viver no limite e isso está constantemente os envolvendo com os personagens e com as apostas na história.

Elle Canada: Esse é um papel bastante sombrio. Como você entrou nesse espaço emocional e ainda continua um ser-humano funcional?
Stana Katic: 
É uma história difícil de contar, mas todos nós aguentamos essa responsabilidade da narrativa. Nosso diretor e cinegrafista certificaram-se de que a ambientação e o ângulo da câmera participaram dessa conversa; eu tive colegas atores de todo o mundo realmente amáveis que se dedicaram em contar a melhor história possível.

Elle Canada: Mas como você carregou esse peso particularmente?
Stana Katic: Você sabe, um coquetel pode arrumar muitas coisas.

Elle Canada: Conte-me o que te atraiu nesse projeto…
Stana Katic: 
Emily é uma anti-heroína sobrevivente. Isso é muito interessante de interpretar, uma personagem que não é completamente correta moralmente em cada aspecto, especialmente como uma mulher. O projeto é multifacetado, tem camadas, é complexo e, de certa maneiras, verdadeiro ao que realmente realmente somo como seres humanos. As pessoas têm lados sombrios e eles também têm vidas belas e agradáveis e isso foi interessante de explorar como atriz.

Elle Canada: Você gravou essa série na Bulgária. Como foi isso?
Stana Katic:
Uau, que jóia! É o Taiti? Não. Tem o seu próprio charme e foi útil na narrativa da história, também. Por exemplo, estávamos gravando em um túnel e ele era usado, em um momento, para armazenar ogivas nucleares. Também gravamos numa floresta de bétula e o prédio próximo à ela era um antigo campo de concentração. Essa história está em todo canto e as pessoas a vestem. Também há muita magia, como esses lindos castelos medievais que são presentes inesperados que encontrávamos, viajando pelo interior.

Stana Katic fala sobre “Absentia” em jornal italiano

A atriz fala sobre a sua personagem em Absentia e conta que adoraria ser diretora

por Lorenza Negri

Após ter passado oito anos ao lado de Nathan FIllion na série de drama e mistério Castle, Stana Katic está retornando para a TV como uma agente do FBI em Absentia, um suspense com uma primeira temporada de 10 episódios que estreará na Amazon Prime em 2 de fevereiro.A agente do FBI, Emily Byrne, desaparece enquanto investiga um assassino em série. Anos mais tarde, ela é resgatada e descobre que seus entes queridos seguiram em frente e têm uma nova vida sem ela. Enquanto ela tenta recuperar a vida normal, ela se envolve em uma série de novos assassinatos.

Stana Katic nos contou sobre isso no Festival de TV de Monte-Carlo.

Quem é Emily Byrne?
A minha personagem é uma mulher forte e corajosa que tinha o controle da própria vida. Após ser declarada morta, ela retorna após seis anos e nem sabe o que aconteceu, pois ela se esqueceu de tudo. O desafio dela é reconstruir o passado, o presente e o futuro.

Você também é a produtora executiva dessa série.
Sim, é importante ter o controle e, além disso, seria legal ser diretora, se uma boa oportunidade surgir.

Você não está cansada de ser uma detetive, após tanto anos em Castle?
Não, não estou, pois são séries diferentes. Na verdade, Castle era uma série criminal, mas também tinha um elemento de comédia e romance nele, enquanto Absentia definitivamente é um suspense com alguns momentos emocionantes: um deles, por exemplo, é quando vemos o quanto o desaparecimento de Emily afetou a família dela. O pai dela adoeceu e o irmão dela virou dependente de drogas, eles sofreram e lutaram para se endireitarem, após a perda e aí… ela retorna! Devastador, não é?

O que você mais gosta nessa série?
Os relacionamentos entre a minha personagem e a família dela, em particular. Eu não posso entrar em detalhes e dizer muito, com o filho dela que, enquanto isso, se acostumou a chamar outra mulher de “mãe”. Além disso, eu amo que a Emily é uma sobrevivente. Eu fiz algumas pesquisas, li sobre algumas experiência de pessoas que escaparam de situações extremas, aguentando situações insanas. Foi poderoso!

Absentia estreia na Amazon Prime Video em 2 de fevereiro.

Global News | Stana Katic fala sobre sua personagem em “Absentia”

Stana Katic sobre Absentia:”Assim que você acha que sabe quem está por trás disso, você [vê que] está errado.”

O Global News conversou com Stana Katic em Toronto, durante a press junket da série. A atriz contou a eles que nunca devemos ter certeza quanto ao que está acontecendo em Absentia, pois ela garante que qualquer previsão provavelmente estará errada. Ela também falou sobre a importância da personagem dela para toda a produção e como foi interpretar alguém que passa por tantas provações ao longo da história.

Global News: Vou dizer só isso, os telespectadores são jogados ao abismo e muito rapidamente.
Stana Katic: Sim! Não dá tempo de respirar.

Global News: Absentia começa muito, muito difícil. A série continua assim conforme continua?
Stana Katic: Há momentos de humor, mas é um humor muito negro. É um suspense, né? Então são coisas que te deixam ansiosas do começo ao fim. Há sempre um gancho no final de cada episódio. A velocidade é plena e não para.

Global News: Além da tortura física, os primeiros momentos de Emily na série são bastante intensos. Ela tem alguns reencontros difíceis. Como era gravar aquelas cenas?
Stana Katic: 
Eu assisti muitas imagens de pessoas que estiveram em zonas de conflito e que sobreviveram. Eu estava vendo as pessoas reunidas com os seus filhos e minha nossa. Você não consegue assistir isso sem ficar massivamente afetado e se simpatizar completamente com aqueles seres humanos. Isso é importante… como mantemos uma história como essa, [uma história] tão extrema, fundamentada?

Esse tipo de história é comum ao longo da história humana: uma pessoa que desapareceu e, por fim, retorna e se reúne com os seus entes queridos. Nesse caso, o que é diferente é que ela não percebeu que havia sumido por esses seis anos. Nós não sabemos bem o que aconteceu com ela. Ela voltou e o mundo inteiro continuou sem ela.

Global News: Emily é uma mulher que já não é casada, que não é mais mãe… Que não é mais ela mesma. O quão complicado foi interpretar isso?
Stana Katic:
 Foi interessante ver como o mundo dessa personagem a redefiniu. Ela não tinha nenhum poder sobre nada disso e quem ela pensava ser, de repente, foi tirado dela. Onde ela existe agora? Tudo mudou e todos estão confortáveis com a nova situação atual. A nova situação não envolve ela, então, como ela se reintegra nesse mundo? É uma exploração e tanto.

Global News: Quantas suspresas podemos esperar durante esta temporada?
Stana Katic:
Em cada episódio… no momento que você acha que sabe o que está acontecendo, assim que você acha que sabe quem está por trás disso, você se engana. [Risos] O fim, pelo o que vi, surpreende a todos. É um final suficiente para você se sentar e dizer: “Certo. Legal. Resolvemos a questão desse suspense para esta temporada.” Mas cara, eles criaram algo realmente extraordinário para a próxima… [Risos]

Global News: Como Emily cresce e muda quando retorna?
Stana Katic: 
Ela começa como vítima. Ela estava no cativeiro por seis anos e definitivamente foi torturada por esse tempo. Ela não se lembra o que ou o por quê… Ou qualquer coisa, sério. Há muitos segredos nessa família, essa família é mais complicada do que a maioria. [Risos] Esses segredos começam a ser revelados ao longo da série e o que acabamos descobrindo é que todos estavam realmente confortáveis em manter essas coisas escondidas. Agora que ela está de volta, os segredos são desenterrados.

Quanto a personagem, ela é forte, cara. Ela é uma guerreira. Ela teve que lutar pela sobrevivência e o objetivo principal dela era de reunir com o filho. Agora ela tem que lutar por cada elemento da identidade dela que está sendo removido. Em um momento, nessa temporada, ela é uma fugitiva… Vou parar aí, estou falando muito!

Global News: Em Castle você era a co-protagonista. Aqui, você é a personagem chave. Como isso é para você, particularmente, e em termos de sua trajetória de carreira?
Stana Katic:
Sabe, para mim essa série é um conjunto. Embora a história definitivamente dependa da minha personagem, isso não quer dizer nada sem o resto da equipe. Essa á a minha perspectiva em atuar, ponto. Temos um conjunto de atores incríveis e é um grupo internacional. Todos, de maneira geral, vieram e deram o seu melhor, adicionando o maior valor possível a história. Foi preciso muita energia para ter esse tipo de história por aí.

Fem TV | Stana Katic fala sobre seu papel de atriz e produtora em “Absentia”

A atriz participou do Podcast do site Fem TV, durante a divulgação de sua nova série no Canadá

Stana Katic esteve em Toronto para promover sua nova série de TV, Absentia, que estreia no domingo, 21 de janeiro, no canal Showcase. A atriz participou de uma press junket com a mídia canadense e conversou com a Melissa, do podcast Fem TV.

Confira o áudio e a tradução da entrevista em que Stana Katic conta como sua nova série chegou até ela, como a Sony a acolheu como produtora executiva, as  peculiaridades de gravar na Bulgária e o aspecto psicológico de Absentia.

Stana Katic é a estrela da série e também é a produtora executiva, o que discutimos nesse minisódio. Stana estrelou como Kate Beckett na série de sucesso da ABC, Castle, e falamos sobre as diferenças entre gravar uma série como Absentia, que mais se parece com um filme de 10 horas, se comparado ao formato mais episódico de Castle.

Fem TV: Nesse projeto você não é só a estrela, mas também é uma das produtoras executivas. Como essa oportunidade surgiu e por que nesse projeto você sentiu que precisava ser mais do que apenas a atriz?
Stana Katic: 
Ele surgiu da maneira como às vezes surge. Atores que têm um pouco de história na indústria conseguem fazer parte da produção. Mas, claro, a diferença nesse caso foi que a Sony, que meio que trouxe esse projeto à vida, me permitiu e me acolheu em muitos dos elementos colaborativos e criativos da história de um jeito que eu jamais tive a oportunidade. Eu acho isso tão fantástico, estar sentada naquela mesa e estar engajada naquele nível, pois posso participar ativamente no curso da história. Isso foi muito importante para mim. Eu queria me certificar de que se estivéssemos contando uma história, se eu estivesse dedicando esse tempo, que ela seria algo que fosse criativamente desafiadora e emocionante. E que fosse uma história que seria, possivelmente, única no cenário da televisão. Sinto que estamos indo para essa direção, com essa série, em específico.

Fem TV: No primeiro episódio, a sua personagem já supera um grande obstáculo e mostra muita resiliência, apesar de tudo o que ela passou e está prestes a passar. Fale um pouco sobre como alguém adequa, sendo uma pessoa desaparecida que retorna e passa por isso. Ela cometeu esses crimes? Como isso se desenrola nos próximos episódios?
Stana Katic: 
Emily Byrne era uma agente do FBI, ela estava à caça de um dos maiores assassinos em série de Boston e, em algum momento, ela desaparece. A nossa história começa seis anos após esse acontecimento. Enquanto isso, ela é declarada morta, acredita-se que ela havia sido morta pelo assassino em série. Eles acham que a pessoa estava na prisão e estavam prestes a julgá-la. E, bem antes do julgamento, antes do veredito ser lido, o público descobre que ela está viva, que ela foi mantida em cativeiro por todos esses seis anos e que foi torturada. O marido dela acha ela. O que acontece depois disso é que descobrimos, como público, que ele se casou novamente, que o filhinho que eles tinham cresceu chamando outra mulher de mãe, que o pai, um pilar na vida dela, adoeceu e que o irmão passou por um nível de dependência.

Então, começamos com basicamente uma vítima que está tentando compreender tudo o que aconteceu nos últimos seis anos. Todo mundo meio que achou um status quo confortável e ela retornando à vida e a esse mundo desenterrou muitos segredos que essa família peculiar escondeu enquanto ela esteve longe. Aí, passamos para uma história em que ela não está apenas tentando se reorganizar e encontrar o seu lugar nessa família que, de alguma forma, continuou, mas ela está tentando encontrar o lugar dela. Ponto. No mundo, no geral, pois agora ela está sendo forçada a ser uma fugitiva e a defender o próprio nome, em um momento da nossa história.

Fem TV: Achei que as cenas iniciais entre Emily e Flynn foram de partir o coração. Tenho certeza que essa deve ter sido uma das coisas que a fez continuar, enquanto ela estava desaparecida. Então, se reconectar com o filho e, basicamente, ser rejeitada por ele de diversas maneiras… Como esse relacionamento muda ou evolui conforme a história avança?
Stana Katic: 
Definitivamente, você está certa. Eu estava lendo esse ótimo livro, Em Busca de Sentido, de Viktor Frankl, ele é um psicólogo e foi um dos prisioneiros de Auschwitz. Ele fala sobre como as pessoas sobreviveram. Há duas coisas que ele citou como razões e mecanismos que as pessoas que sobreviveram tinham. Uma delas era um motivo para ter esperança. Algo a esperar. Algo em que acreditar e [um motivo] para viver. E isso tinha que ser algo de fora do campo [de concentração]. A outra coisa era um senso de humor muito negro. Achei que isso era muito cativante, pois no caso da Emily era isso mesmo. Era o filho dela. E há algo muito feroz nesse tipo de energia materna, essa capacidade para força e resiliência sobre-humana. E, claro, esse é o caso com todo pai ou mãe, eu vejo isso em pais, também. No entanto, acho que no caso da nossa história foi algo que a manteve em pé, apesar da esperança de que ela se reunisse com o filho. É por isso que é de partir o coração quando ele a rejeita.

Fem TV: Eu diria que há um tema recorrente no primeiro episódio. Tudo sempre remete à água. Muita coisa gira em torno da água, seja como fonte de vida e fonte de felicidade, mas também, potencialmente, como fonte de morte. Imagino que você teve cenas muito intensas gravadas naquele tanque. Conte-me um pouco sobre isso, parecia ser tão desconfortável.
Stana Katic: 
Foi um desafio em alguns momentos, claro. O fato de que uma pessoa seria torturada dessa maneira, sendo levada a correr risco de morte… Foi desafiador interpretar isso e tentar passar o que era necessário para atender essa parte da história. Houve um momento em que estávamos gravando em um lago, no auge do inverno, e a [temperatura da] água estava abaixo de zero. Eu tinha que ir até o meio do lago e fazer uma cena saindo da água. Sinto como se eu estivesse contando muita coisa?! Não estou. E há o elemento do renascimento nisso, o que é muito emocionante. Gravar a cena não foi tão emocionante, mas eu sou louca por adrenalina, então quanto a isso foi divertido. No entanto, todos se preocuparam, eles não querem que você morra, óbvio. Isso seria uma merda, como eles terminariam as gravações?! Não. [risos] Foi desafiador em alguns aspectos, claro. A logística por trás disso era [desafiadora].

Mas o que você falou, esse tema recorrente de água, também é uma conversa para os elementos da psicologia histórica, quando eles falam da água e do seu significado, da emoção profunda e do conceito de renascimento. Se você olhar a água da maneira que a usamos, claro que é uma fonte de vida, como você disse, mas também é uma fonte de ressurreição. Eu acho que essas coisas, talvez subconscientemente, e, possivelmente de propósito, ressoaram em nossa história, pois ela tem muito a ver com a ressurreição e o renascimento.

Fem TV: Eu fiquei um pouco surpresa em saber que tudo foi gravado na Bulgária e que ela se passou por Boston, pois geralmente você vê Toronto ou Vancouver como cidades americanas. Essa é uma das primeiras vezes que eu consigo me lembrar, na minha experiência assistindo TV, que algo foi gravado em um país que você nem imagina, por conta da sua história de produção na TV. Talvez você pudesse falar um pouco sobre trabalhar na Bulgária e os desafios, como a água abaixo de zero naquela cena.
Stana Katic:
Você se surpreenderia e acho que fui agradavelmente surpreendida. Havia um estúdio onde estávamos trabalhando, parecia que estávamos no estúdio da Warner Bros ou da Paramount, exceto que estávamos gravando na Bulgária. Fomos capazes de ter acesso a alguns dos recursos que eles já possuiam. E o motivo de já possuírem tantos recursos é que eles gravaram filmes como todos os 300Os Mercenários. Temos filmes de ação muito lucrativos que já abriram o caminho para histórias como a nossa ir para lá, recursos, equipe talentosa e incrível, além de locais valiosos que já estão prontos, por causa dessas produções anteriores.

E, além disso, há uma qualidade na Bulgária que adicionou valor à história. É um suspense, um suspense psicológico, e há uma história lá que se infundiu à nossa história, de alguma maneira. Como falei recentemente, estávamos gravando em um túnel e ele era usado como, aparentemente, um espaço para armazenar ogivas nucleares, caso eles precisassem usá-las. Também gravamos em uma floresta com lindas bétulas e um prédio bem perto desse lugar era um campo de concentração. Então, essas histórias são muito intensas, falam de pessoas que às vezes tiveram que fazer o impensável para sobreviver. Acho que essa energia se infundiu à nossa história.

Fem TV: O seu papel mais recente e que é de onde as pessoas te conhecerão é Castle, que era mais por partes, com algumas histórias independentes, mas com alguns temas abrangentes. No entendo esse novo projeto é um filme de 10 horas, basicamente. Talvez você pudesse falar sobre essas diferenças de nuance em como você abordou seu papel, no caso de um arco tão longo.
Stana Katic: 
Na verdade, isso foi um desafio para essa história. Gravamos os 10 episódios a qualquer momento, o que significa que pela manhã você poderia estar filmando uma cena do episódio 2, de tarde uma cena do episódio 5 e de noite, do episódio 3. Ou qualquer combinação disso. É um arco extremo para uma personagem, ponto. No entanto, agora, você precisa ficar atenta em que ponto você está na história, como ator, para atender esse arco do personagem. Isso foi um desafio e foi interessante enfrentá-lo. Foi um desafio divertido de assumir. E acho que essa é a diferença, de certa forma, entre histórias seriadas e uma história com final a cada episódio. Há riscos que você tem que correr e tem que estar ciente de qual é ele, naquele momento.

Fem TV: O marido de Emily basicamente segue em frente. Você sente que pode ter havido problemas mesmo antes de Emily desaparecer.
Stana Katic: 
Interessante. Conte-me sobre isso.

Fem TV: Eu senti como se, talvez, alguém não tivesse sido fiel ao outro. Ou talvez, existisse algum tipo de tensão. Mas só pelo primeiro episódio, então, suponho que já havia algum problema entre eles, mas como eles superam isso, agora que há outra… Ele seguiu em frente e dá para perceber que assim que a Emily retorna, ele está lá, do lado dela.
Stana Katic:
Acho que essa será uma jornada interessante para o público. Patrick Heusinger, que interpreta Nick, teve um lindo desafio como ator ao mostrar esse conflito e é algo que se desenrola ao longo desta temporada. Então, estou hesitante em falar muito sobre isso, pois acho que é algo que o público gostaria de acompanhar e ver que o personagem está encarando esse desafio, esse conflito de o que é ter alguém com quem você tinha tanta coisa, de repente, retornar a vida.

Fem TV: Eu observo a personagem da Emily e confio nela. Eu acredito nos motivos dela e para onde ela está indo. Isso continua? Quando os telespectadores começam a questionar os motivos dela? Ou será que ela pode ser parcialmente cúmplice do que está sendo acusada?
Stana Katic: 
Ótima pergunta. Para mim, as histórias mais interessantes que estão por aí no momento são as que circulam em torno do anti-herói. E, apesar de muitas dessas histórias ou muitos desses personagens serem homens, o anti-herói da nossa história é a Emily. Acho que o público vai amá-la, vai ficar bravo com ela, vai torcer por ela e a vai atacá-la. E isso, para mim, é a televisão dos dias de hoje. É uma narrativa convincente. Podemos fazer esse tipo de história na TV a cabo, como a Showcase, onde é possível desafiar os parâmetros da narração um pouco mais. Além disso, de certo modo, faz parte dessa nova etapa da produção da televisão e do cinema, pois a pessoa que é o anti-herói é uma mulher. É emocionante explorar isso e o que isso significa e, até mesmo, para onde seguiremos a partir daqui.

Fem TV: Particularmente, sou muito fã disso e adoro como a indústria está indo adiante, sem se sentir obrigado a fazer todas as personagens femininas simpáticas. Ainda posso torcer para uma personagem e estar interessada em ver o arco dessa personagem, mesmo se essa pessoa não for agradável ou se os motivos dela não forem claros. Eu gosto disso.
Stana Katic:
Isso é típico, também. Estamos observando histórias nas quais queremos ver… A história do Superman era ótima, e ele é genuíno, no entanto, sinto que há um tipo de atrativo que procura um pouco mais pelo Batman. Faz sentido?

The Star | Stana Katic é uma anti-heroína durona no suspense “Absentia”

A atriz nascida em Hamilton, adorou fazer as próprias cenas de ação na série que estreia dia 21 de janeiro, no Canadá

por Debra Yeo

Stana Katic tinha algumas coisas na lista de desejos de atuação: fazer um projeto virar seriado, interpretar uma anti-heroína e ser uma estrela de ação.

Ela está riscando todos eles da lista com Absentia, o suspense psicológico que estreia em 21 de janeiro, às 21h, no canal Showcase.

Katic é a agente do FBI Emily Byrne que reaparece seis anos após ser sequestrada e dada como morta, desencadeando uma série de consequências imprevistas envolvendo a sua vida pessoal e profissional, e as vidas daqueles que a rodeiam.

Sem spoilers aqui, mas a série com reviravoltas e cheia de ação vê Emily como vítima e vilã, conforme a primeira temporada de 10 episódios avança.

Para Katic, melhor conhecida pelas oito temporadas em que ela interpretou a detetive Kate Beckett na dramédia da ABC, Castle, interpretar Emily tem sido “uma jornada de suspense psicológico de extrema alta velocidade“.

Emile é diferente de qualquer uma que Katic já interpretou, a atriz disse durante uma visita a Toronto.

Por um lado, ela é uma anti-heroína.

Há tantos personagens anti-heróis ótimos por aí,“diz Katic, 39 anos, que nasceu em Hamilton, Ontário, cresceu em Chicago e estudou na Universidade de Toronto.

Eu me sentei lá e assisti muitos deles. Assisti Tony Soprano fazer coisas (horríveis)… e, ainda assim, torci por ele o tempo todo. Eu assisti o Cillian Murphy fazer isso em Peaky Blinders, Tom Hardy, em Taboo e imagino que isso seja parte do que essa personagem é.”

Ela está andando numa linha muito interessante entre a moralidade e a imoralidade e nem todas as razões dela de fazer as coisas são inteiramente puras, mas se fizéssemos um bom trabalho, o público ficará ao lado dela, torcerá para ela. Eles ficarão bravos com ela, chateados com ela, mas ficarão e andarão na mesma linha.

Interpretar Emily envolveu desafios físicos e psicológicos para Katic e ela mal pode conter a animação com o fato de que ela fez muitas das suas próprias cenas de ação na série.

Sim, sim, foi tão divertido!” ela se entusiasma. “Foi ótimo ser ativa e foi muito legal interpretar a heroína de ação por um tempo. A garota é durona também, certo? Eu tive que dirigir os meus próprios carros e fazer as minhas próprias cenas de luta e assim por diante e, claro, sempre temos os nossos dublês. A minha dublê era uma fofa… Mas eu pude fazer, acho, a grande maioria das cenas e foi incrível.

Quanto ao aspecto psicológico de interpretar uma personagem que foi mantida refém por seis anos, Katic diz, “Ao voltar, você está tecnicamente viva, mas está morta para todos que amava. Essa foi uma jornada e foi duro para mim. Felizmente, haviam atores que estavam atuando ao meu lado e eu não precisava fazer isso sozinha.

Quando conseguiu o papel, ela estava lendo sobre as mulheres sobreviventes da Segunda Guerra Mundial que trabalharam na Resistência, bem como Em Busca de Sentido, de Viktor Frankl, que trata de como ele sobreviveu a Auschwitz. Ambas as coisas a ajudaram informar o caráter de Emily.

Isso não faz justiça ao livro, mas Frankl disse que as pessoas que sobreviveram tinham um motivo para ter esperança, algo fora do campo [de concentração] para viver… A parte que realmente informou essa personagem é o que ela estava vivendo nesses seis anos de cativeiro e ela estava, em tantas maneiras, vivendo para o filho dela, pela oportunidade de se reunir com ele“, Katic diz.

A reunião, claro, não vai como ela esperava e nem os outros aspectos do retorno de Emily à sua antiga vida.

Katic diz que as lutas de Emily não são exclusivas por ela ser uma mulher e uma mãe.

Há algo para mim que é compreensível, independentemente do seu gênero. Este personagem poderia até ser Liam Neeson em Busca Implacável ou algo ainda mais distante, como qualquer um dos personagens (em) Sob o Domínio do Mal… ou um soldado que retorna da guerra. Quem são eles agora no mundo de onde eles vieram e como eles se conectam?

Katic vê a atuação como um trabalho e uma arte e diz que queria ser atriz desde que era “muito pequena“.

Eu não quero ser famosa. Eu só quero viver no mundo da imaginação e é muito divertido explorar mundos e vidas diferentes, através do que fazemos; encontrar um nível de compaixão pelos seres humanos e também procurar, quase que como uma detetive, pelo o que é que nos impulsiona,” ela diz.

Quanto a interpretar Emily, “Eu adoro a determinação da personagem… Por um pedaço da nossa história, ela é a vítima e aí ela é uma pessoa reclusa, meio perdida, certo? E, em algum momento, ela apenas retoma a sua própria vida e o seu próprio destino e diz que ‘faça chuva ou faça sol, vou atrás do que eu quero na minha vida’, não à custa de mais ninguém, mas lutará pelo filho dela, pela sanidade dela, pelo futuro dela.

É incrível.

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TTVJ | Stana Katic fala sobre interpretar um anti-herói

O blog The TV Junkies conversou com Stana Katic, a estrela e produtora executiva de Absentia, durante a divulgação da série no Canadá

A atriz falou sobre a sua experiência interpretando um personagem anti-hero, como foi ter o papel de produtora executiva e se podemos confiar em Emily ou não.

TTVJ: Quais foram algumas das suas considerações ao procurar por um papel seguinte ao de Kate Beckett?
Stana Katic: 
Eu queria encontrar algo que refletisse o que eu vejo no mundo no momento, ou seja, que as mulheres são complexas. Somos multifacetadas. Eu estava procurando por uma personagem que abraçaria todos esses elementos. Isto é, é claro, uma versão muito intensa disso, porque é um suspense psicológico. Acho que o que é atraente para um ator, especialmente agora, é que essas oportunidades estão cada vez mais por aí. Não estamos rebaixadas a interpretar a namorada preocupada ou a mãe preocupada. Agora, somos parte integrante da trajetória da história. Temos sido [parte] há um longo tempo, mas acho que agora está ficando mais e mais interessante.

Então, o que isso significa? Isso basicamente se divide em interpretar a personagem anti-herói, o que eu acho que característico. É um reflexo das pessoas. Todos fazem escolhas ruins e as pessoas tentam fazer o seu melhor. Às vezes as escolhas não são baseadas na melhor moral, então acho que o que é realmente cativante, compreensível, e assustador: tudo o que um anti-herói pode ser.

TTVJ: Em Absentia, você não é apenas a protagonista, mas também é a produtora executiva. O que iso significou para você ao entrar no projeto?
Stana Katic: 
Significa que eu tenho uma lugar à mesa. Significa que eu posso ter uma conversa, me sentar e colaborar com todos que são parte do projeto. Sony foi incrível em me aceitar e me acolher à essa mesa. Eu sinto que é importante, agora, aproveitar e assumir esse lugar quando ele é oferecido.

Trabalhamos no desenvolvimento, no processo de edição e como um futuro em potencial para Absentia seria. É um privilégio e um prazer.

TTVJ: Na última temporada de Castle você tinha o crédito de produtora, então essa foi uma experiência diferente?
Stana Katic: 
Eu já tive o papel e o crédito antes, mas essa é uma versão ativa disso. Estou sempre animada em participar da narrativa. Eu contarei uma história a qualquer um. Não significa que eles a ouvirão todas as vezes. Desta vez, eles a acolheram ativamente e queriam saber o que eu achava da história e como podemos, continuamente, nos esforçarmos para torna-la melhor.

TTVJ: Como atriz, qual foi o seu processo em se prepara para o papel de Emily?
Stana Katic:
Eu sempre tenho uma resposta brincalhona, mas vou te contar a verdade de que na época em que eu aceitei o papel, eu estava lendo sobre mulheres que sobreviveram à Sgunda Guerra Mundial, que participaram ativamente da resistência. Elas eram espiãs, fazendeiras, mães, um pouco de todo mundo. A resiliência extraordinária dessas mulheres, a tenacidade, a inteligência para superar o que elas aguentaram foi realmente inspirador e tenho curiosidade sobre isso. Essa história surgiu, então foi uma parte acidental da preparação e acho que é parte da nossa realidade. Há partes no mundo onde as pessoas estão passando por circunstâncias extremas. Como alguém sobrevive a isso? Como alguém passa da vitimização para um participante da raça humana?

TTVJ: Entrar em um papel como este, em que vemos uma personagem passar por trauma e depois lidar com a recuperação deve ser um desafio de atuação interessante.
Stana Katic: 
Sim, foi. Estávamos contando essa história em uma parte do mundo que tem uma história pesada. Tivemos sorte, pois pudemos acessar muitos recursos em um local como a Bulgária. Eu estava contando para uma pessoa que estávamos gravando em um túnel em um momento da história e, aparentemente, esse túnel era um local onde eles armazenavam ogivas nucleares e o usava para transportá-las. Também estávamos filmando em uma floresta com bétulas e, ao lado dela, havia um prédio que era um espaço habitacional de um campo de concentração. Ter esse tipo de história lá, acho que influenciou a história de uma maneira muito sútil. Foi informativo para nós, como atores. Especialmente para mim, pelo menos.

TTVJ: No episódio piloto há uma sequência assustadora, pelo menos para o público, com Emily em uma câmara de vidro e a água começa a entrar. Como foi essa experiência na gravação?
Stana Katic: 
Eles deixaram o mais seguro possível. No entanto, temos que nos dedicar a essa pessoa sendo levada à beira da morte, então foi um desafio. Após três ou quatro dias disso, eu fiquei tipo, ‘ai minha nossa.’ Mas eu estava em boas mãos e isso foi bom. Ao mesmo tempo em que está atuando, então está sentindo, você está envolvida com o terror do que deve significar sobreviver isso por seis anos. Daí, talvez, a apatia que vem de ter sobrevivido isso durante seis anos. Pelo o que essa personagem passa? No caso dela, ela se conecta com as lembranças do filho e é a única coisa que a mantém continuando. Acho que isso foi muito interessante para essa personagem.

TTVJ: Há tanto mistério ao redor do desaparecimento da Emily. Como público, podemos confiar na Emily?
Stana Katic:
Uau. Espero que o público possa. Como muitos personagens anti-heróis que estão por aí, estamos nessa linha, ‘estou realmente torcendo por essa personagem? Ai não, por favor, Deus, não faça isso.’ O personagem de Tom Hardy em Taboo, o personagem de Cillian Murphy em Peaky Blinders, estes são todos os personagens que testaram a nossa capacidade de acompanhar com o personagem. Espero que façamos isso com a Emily. De certa forma, isso faz parte do mistério dessa primeira temporada, que é ‘Quem estamos realmente acompanhando? Para quem estamos torcendo?’ Acho que o público terá momentos difíceis, em certa altura, com ela. Eles torcerão por ela e eles ficarão realmente chateados com ela. Eles a amarão e eles vão querer socá-la. Então, isso é parte da jornada para nós, nesses 10 episódios.