Com a estreia da terceira temporada de Absentia chegando, Stana Katic conta à Jenny Cooney, blogue do Globo de Ouro, o que podemos esperar da série. No Brasil, a série deve estrear pelo Canal AXN em 13 de julho.

Stana Katic estava com problemas com o sinal do telefone, quando conversamos sobre a tão esperada terceira temporada de sua série dramática, Absentia. A atriz, anteriormente conhecida por oito temporadas como a Detetive Kate Beckett na série Castle, diz que seus problemas de tecnologia não são surpresa, já que ela está passando pelo distanciamento social causado pela Covid-19 em uma propriedade californiana remota que ela descreve como “fora do radar”, com o marido Kris Brkljac e toda sua família, incluindo os pais, sobrinhas e sobrinhos que estão ajudando a cuidar da horta e alimentar as galinhas.

Sua personagem de Absentia, Emily Byrne, não tem tanta sorte. Foi uma longa jornada desde que conhecemos a agente do FBI que foi torturada e retornou, após ser declarada morta, para se tornar a principal suspeita em uma série de assassinatos. A terceira temporada se passa três meses após o chocante final da segunda temporada, que mata uma personagem essencial, e Emily agora está perto do fim de sua suspensão do FBI, enquanto dá duro para ser uma boa mãe para seu filho, Flynn. “O que poderia dar errado?” brinca com a atriz de 42 anos.

O que podemos esperar da terceira temporada? Ainda resta algum trauma que a Emily ainda não experimentou?
O que está acontecendo com a Emily é que ela está encontrando um novo normal. Isso foi realmente emocionante para mim, porque no passado ela foi uma vítima e agora a nossa protagonista se torna uma personagem que está realmente ditando seu próprio futuro. Vocês também verão o filho dela, Flynn (Patrick McAuley), iniciado sua idade adulta ao longo da temporada e se tornar verdadeiramente o filho de quem é.

Emily e Cal se aproximaram na última temporada. Para onde isso vai?
Temos um enredo que realmente trata desses guerreiros feridos e a cura deles. Foi uma história realmente interessante para mim, como ator, porque há pessoas que escolhem fazer coisas realmente horrendas e elas não precisam fazer isso, mas fazem essas escolhas contra a humanidade. E então, há pessoas que são jogadas nisso contra a vontade delas ou, talvez inocentemente, entram nesse mundo. E acho que em Absentia, dois de nossos personagens, Emily e Cal, são esses personagens; eles não necessariamente fizeram a escolha de realmente mergulhar a fundo em seus próprios lados obscuros, mas apesar disso, agora eles escolheram nadar em direção à luz deles mesmos.

O que mais você pode dizer sobre o relacionamento deles?
Nosso público ainda não conhece parte do passado de Cal, mas descobriremos isso com o passar da temporada e Emily também descobrirá isso. Houve uma conexão por causa disso e uma atração entre os dois, mas também entenderemos o que o passado dele significa para eles dois e para qualquer futuro em potencial.

Como você compararia esse tipo de série em que você é uma agente do FBI com sua personagem da polícia em Castle?
Acho que antes da série ser lançada, em algum momento, ela estava sendo comparada a uma série do FBI ou a uma [série] procedimental e eu fiquei tipo ‘o que?’ Essa NÃO é uma série procedimental (risos). É uma série muito no estilo de história em quadrinhos – e a única razão pela qual digo isso é porque esses são mitos modernos e essa história, para mim, tem esse sentimento grego nela, porque as coisas que acontecem são grandes. Então, quando eu comparo pelo o que minha personagem passa, quanto a isso, ela é uma versão feminina de Ulisses para mim.

Como você se sente sobre a sua grande quantidade de fãs e seu público que a apoia?
Sou grata por qualquer público e amo que muitos deles me seguiram de Castle para Absentia. Eu não acho que sou mais forte que a pessoa ao lado ou que tenha tudo resolvido mais do que a pessoa ao lado. Eu acho que estou apenas sendo uma pessoa que descobre como estabelecer limites e isso sempre foi um pouco de um processo de aprendizado à medida que eu passava por esse trabalho. Então, no final das contas, eu só quero ser a versão mais autêntica possível de mim mesma e se isso encorajar outras pessoas a adotar medidas para serem elas mesmas, isso é ótimo.

Olhando para as sete temporadas de Castle, você poderia imaginar na época como seria o melhor papel da sua carreira?
Eu não tinha ideia do que estava acontecendo, absolutamente nenhuma ideia! Então, ter tido essa oportunidade – e não apenas como atriz, mas também fazer parte do lado produtor desta série – tem sido uma bênção. Eu dou valor a tudo isso.