Stana Katic e a sua nova série de TV, Absentia, estão na edição 39 da Színes RTV Hungarian TV-Guide. Na entrevista, a atriz fala mais sobre a série, seu momentos preferidos e gravar na Bulgária. Confira a tradução.

Sobreviva a escuridão

Stana Katic já é familiar para os telespectadores, após a série de mistérios Castle, mas agora ela mostra uma faceta diferente em uma nova série. Enquanto Castle era um pouco mais leve, Absentia é uma série muito mais obscura: um thriller dramático e perturbador, que começa de um caso enigmático.

Qual é o mistério que ronda a protagonista?
Stana Katic: Emily Byrne, quem eu interpretei, era uma excelente agente do FBI, feliz com o marido dela e com seu filho, mas seis anos antes da história começar, ela desapareceu e o mundo acreditou que ela estivesse morta. No começo da série, descobrimos que Emily está viva, então, o homem que acreditava ser o assassino dela é liberado da prisão perpétua.

O que te atraiu na série?
Stana Katic: 
Já durante a leitura dos quatro primeiros episódios, a história me chamou a atenção, em particular, por ser sobre uma sobrevivente. Eu me interesso por histórias como esta. Eu li muitos livros sobre pessoas que sobreviveram à Segunda Guerra Mundial e ao Holocausto. É interessante conhecer uma figura dos dias atuais que é uma profissional no que faz, que ao mesmo tempo também é uma mãe e um pouco de uma heroína, mas que obviamente cometeu erros. Existe uma camada dessa personagem, o que me faz pensar o que significa superar coisas aparentemente invencíveis, lutar através das condições mais extremas e enfrentar tais situações. Para mim, a descoberta da personagem começou a partir disso.

Por que você vê Emily, antes de tudo, como uma sobrevivente?
Stana Katic:
Quando ela aparece, verifica-se que o marido dela se casou novamente e o filho pequeno dela cresceu chamando outra mulher de mãe. O pai dela adoeceu e o irmão dela passou por dificuldades para superar o vício. De um jeito ou de outro, todos continuaram e, então, do nada, ela precisa se encaixar em um mundo onde tudo continuou sem ela.

Você teve que melhorar alguma de suas habilidades para o papel?
Stana Katic: Eu tive que aprender algumas coisas novas, coisas difíceis como dirigir um kart ou nadar em água congelante e outras coisas do tipo.

Os episódios foram gravados na Bulgária. Como foi essa experiência?
Stana Katic: Eu achei inspirador que uma equipe com muita experiência nos aguardava. Eles gravaram os melhores e maiores filmes de ação da última década e meia. Então, era uma máquina que estava bem calibrada, todos se conheciam, foi como entrar em uma família e ser calorosamente recebida.

Como foi gravar de uma vez dez episódios?
Stana Katic:
Em séries de TV, é comum gravar um episódio por vez, mas neste caso foi como se estivéssemos gravando um filme. Quando começamos a trabalhar, tínhamos os 10 cenários em nossas mãos. Isso não quer dizer que não fomos mais afundo cada vez que gravamos uma cena ou que não conversamos nos intervalos sobre como aprofundar a história. Mas, desde o começo, sabíamos onde estávamos e como terminaríamos, isso ajudou que a formação do papel fosse mais crível.

Você tem uma cena preferida?
Stana Katic: Em uma cena, Emily pula no lago para escapar e sai da água na outra margem. Quando gravamos ela, estava muito frio, tanto que a equipe e os produtores estavam muito preocupados com isso. Você pega o seu traje de mergulho, depois seu figurino e você está indo para o meio do lago, enquanto todos assistem segurando o fôlego. Enquanto isso, você também prende a respiração, pois você não faz ideia do que esperar. Esta cena, com essas excelentes soluções visuais, expressa bem o tema de renascimento e recuperação, e também de quem é essa personagem. Emily sai de um lugar realmente profundo e perigoso, isto é, ela não desistiu. Ela foi além da escuridão, embora o que ela estivesse enfrentando quisesse extinguir a luz existente nela.

Existe algum tema universal na série com o qual o público possa se identificar?
Stana Katic: A história não é apenas um thriller, mas também uma visão de relacionamentos familiares e pode atrair a todos. Pai e filha, mãe e filho, maridos e esposas, irmãos e cada relacionamento, de certa forma, entra em conflito com os outros. A sobrevivência também é um assunto importante. É interessante o quão forte as pessoas podem ser em circunstâncias extraordinárias e como elas podem supera-las e, por fim, como somos capazes de nos curar e se reconstruir com essas coisas.

Na série, o que mais te interessou?
Stana Katic: Principalmente o sistema de relacionamentos de famílias incomuns, mas a maioria dos relacionamentos familiares são complicados e emocionantes, não é? Claro, esta família é um pouco mais complicada do que a comum, e isso é uma tarefa desafiadora para um ator. Também é interessante, na história, que os criadores colocaram a mãe no centro. Não existem muitas histórias em que a mãe é tipo a super-heroína que, ao mesmo tempo, está lutando com problemas psicológicos. Ainda assim, isso pode ser identificado e intendido pela maioria dos grupos etários.

Tradução e adaptação: SK:SBR
Tradução do húngaro para o inglês: Zsuzsanna Gyorffy