Após as férias de verão, Castle está de volta ao Channel 5, esta semana: continuamos de onde paramos com o episódio da segunda temporada “The Mistress Always Spanks Twice“, no qual Castle (Nathan Fillion) e Beckett (Stana Katic) se aventuram no mundo da submissão e fetiche, após o corpo de uma mulher ser encontrado pendurado por algemas e coberto de caramelo…

Para marcar o retorno da série, a Digital Spy falou no telefone com a estrela da série, Katic, que estava a caminho do set para gravar o especial de Natal da temporada de 2012, para falar sobre as diferentes facetas de sua personagem, trabalhar com o ícone cult. Fillion, e o que ela quer ver no futuro de Beckett.

DS: Pode ser complicado para uma série de crime processual continuar inovando, mas Castle parece ter descoberto como fazer isso. Você está feliz que a série continua evoluindo e está mudando?
SK: Estou, acho que agora é uma série nova. Acho que a quinta temporada é quase como nossa segunda tentativa de uma primeira temporada. Acho que somos mais do que apenas uma série processual comum, por isso temos essa oportunidade e liberdade.

DS: Você e Nathan têm trabalhado juntos por cinco anos. Muito da atuação de vocês é como um segundo instinto, agora, ou vocês estão sempre tentando desenvolver esse relacionamento para manter a série atual?
SK: Acho que cada ator é criativo de sua própria maneira, ambos somos criativos do nosso jeito e, acho que por causa disso, a série continua atual. Também, acho que estamos numa fase diferente com esses personagens agora, então, nessa altura, conseguimos explorar diferentes tipos de histórias. A essa altura, há alguns elementos da atuação que é de cor, não no sentido de que é entediante, mas que sabemos como manipular um ao outro… Mas há muita coisa que é nova, então é uma exploração constante.

DS: O quão importante é que Castle sempre teve um ponto de vista pessoal, assim como as histórias de crime?
SK: Eu tenho que acreditar na personagem para interpretá-la. Acho que esse tem sido um dialogo constante com Andrew Marlowe, o criador da série. Como vamos continuar levando essa personagem para um local onde outras mulheres de poder se encontram? Há muitos elementos em cada mulher que está no poder e um deles é que ela é vulnerável, outro é que ela é forte… E sensível, e sensual. Há todas essas nuances e acho que isso é interessante e típico trabalhar com todos eles.

DS: Falando em diferentes nuances, Castle é conhecido por equilibrar o humor e o drama, você acha que há um limite quanto a quão misteriosa a série pode ser?
SK: Não acho que fomos tão misteriosos a ponto de nunca poder voltar. Acho que essa é uma das coisas maravilhosas sobre histórias como essa. Não sei se você viu Argo ou Marcados para Morrer (End of Watch), recentemente? Estes são dois filmes que eu assisti no último fim de semana, achei que eles foram muito bem contados e parte do que foi agradável neles é que eles contaram uma história dramática, mas também nos deram alguns momentos de humor. Os momentos de alívio vieram através do humor e acho que isso é algo que Castle dá aos telespectadores.

DS: É divertido poder quebrar a fórmula, de vez em quando, e filmar algo como o episódio de filme de época da quarta temporada, “The Blue Butterfly”?
SK: Minha nossa, sim, absolutamente! É muito divertido de explorar. Temos membros da equipe muito talentosos: figurinistas, maquiadores, departamento de câmeras, a lista é extensa. Acho que todos amam a oportunidade de realmente mostrar os seus talentos. Esses [episódios especiais] são a nossa chance de explorar esses departamentos e, claro, recentemente filmamos um episódio que foi como The Office ou ema série estilo documentário. Isso é, novamente, outra oportunidade de brincar com formatos diferentes e essa série meio que nos dá essa oportunidade de maneiras diferentes.

DS: Vocês têm um episódio de Natal esse ano, vocês já o gravaram?
SK: Estamos nele agora, eu estou a caminho do trabalho.

DS: Como está sendo gravar esse episódio?
SK: É muito engraçado. Colocamos Papai Noel em muitas situações comprometedoras.

DS: Castle tem um grande número de fãs. Como você descreveria sua experiência com os fãs da série?
SK: Bem, primeiramente eu sou muito agradecida. Acho que a razão da série ter continuado, pelo menos pelos seus dois primeiros anos, foi por causa da maravilhosa base nos seguindo, que eu acho que encontrou uma grande voz na internet. O Twitter se transformou em um desses veículos para muitos desses fãs, e eu sou muito agradecida por eles. No geral, temos um grupo muito legal de pessoas que gostam e seguem a série. Não é uma experiência que acontece só nos Estados Unidos, digo, é uma base de fãs do mundo todo, o que é muito emocionante e parece estar aproximando muitas pessoas de todo o planeta.

DS: Você ganhou um prêmio Prism pela sua atuação no episódio “Killshot”, da quarta temporada. Como atriz, o quão importante são os prêmios?
SK: Eles são legais. Eu não olho para eles para decidir alguma coisa ou alguma atuação. Claro, é legal ser reconhecida de alguma forma, mas esse não é o motivo principal por trás de eu fazer o que eu faço. Eu só gosto de trabalhar com atores realmente maravilhosos e pessoas incrivelmente criativas e espero continuar fazendo isso, não importa onde.

DS: Você está, no momento, em sua quinta temporada e, quando falamos com Nathan, ele sugeriu que seis ou sete temporadas seriam ideais para a série. Você tem alguma opinião sobre isso?
SK: Eu realmente não sei. Acho que enquanto estivermos explorando os personagens e continuarmos a desenvolver a história… Esse é o único pedido que eu faria. Acho que estamos reconfigurando muito a série e redefinindo muito dela e explorando novos territórios, então veremos. No fim das contas, está nas mãos de Andrew Marlowe, está nas mãos de sua equipe de escritores e de Rob Bowman e de sua equipe de diretores.

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