● Stanatics Brasil ●

A atriz Stana Katic interpreta uma cativante detetive na série da ABC, “Castle”. Seja no personagem ou em sua vida pessoal, a música guia suas emoções e é um importante ponto de referência para meditar sobre as complexidades do amor. Também é uma ferramenta que ela utiliza para se comunicar com seus colegas de elenco. Atualmente, Stana pode ser vista no filme independente “For Lovers Only”.

Raul: Olá, aqui é Raul Campos da KCRW e eu estou aqui com a atriz Stana Katic, estrela da série de TV “Castle” da ABC e do filme independente “For Lovers Only“. Hoje falaremos sobre algumas músicas que a tem inspirado através dos anos como parte do projeto de DJs convidados da KCRW. Stana, seja bem vinda, como você está?
Stana Katic: Obrigada, estou ótima.

Raul: Então você nos trouxe algumas músicas e era para ser cinco, mas você trouxe todo o tipo de coisa!
SK: Sim, obrigada. Eu sempre sou a pessoa que estou colocando música nos lugares e momento e coisas assim, e eu amo – eu sou louca por música. Então para escolher cinco músicas que falasse tudo foi difícil. Então eu pensei, ‘Ok, deixa eu me concentrar em um tema.’ AMOR. (risos) A primeira que eu trouxe foi “Chariots of Fire”.

Eu acho que eu me lembro da primeira música que eu amei. Eu era PEQUENA. Eu me apaixonei por essa música. Aliás, eu também nunca vi o filme. Eu o conheço porque eu vi pequenos trechos dele, pois conforme eu cresci eu quis encontrar a música novamente e li um pouco, uma sinopse aqui e ali. Agora eu estou inspirada para realmente assistir ao filme

Mas, eu não sabia nada sobre o filme, eu era apenas essa criança pequena que estava ouvindo uma rádio de música clássica. Meus pais costumavam deixar a rádio de música clássica/jazz ligada e “Chariots of Fire”, eu me lembro de essa ser uma das minhas primeiras músicas preferidas de todos os tempos e de dançar por aí.

Eu acho que foi provavelmente por isso que meus pais, eventualmente, me colocaram na aula de dança e coisas do tipo, porque eles viram essa pessoinha pirando.

Raul: Essa foi Vangelis com o tema do filme para “Carruagem de Fogo”. Então, a próxima você escolheu Florence and the Machine. Como você se deparou com essa faixa “Cosmic Love”.
SK: “Cosmic Love” chegou a mim porque meu colega de elenco de “For Lovers Only“, o filme independente que fizemos na França, e eu estávamos fazendo divulgação para o filme. E pra fazer isso, o que fizemos foi, falamos ‘vamos entrevistar um ao outro e fazer um CD para o outro’.

Eu fiz um como minha personagem para o personagem dele e ele fez outro como o personagem dele para a minha e nós escolhemos 13 músicas que queríamos dedicar um para o outro, que queríamos falar um com o outro através dos nossos personagens. Essa foi uma daquelas faixas poderosas que eu senti que falava o quão louca ela era, minha personagem, por ele e também o quão devastada ela estava que não deu certo.

E é como qualquer outra balada poderosa. E depois, há esse lindo toque de magia nela que eu achei que era realmente intoxicante junto com essa poderosa fonte que está por trás da voz de Florence.

Raul: É a KCRW.com, o Guest DJ Project, com Stana Katic aqui e você vai ter que me falar um pouco sobre essa próxima música. Conte-nos sobre “Song to the Siren”.
SK: “Song to the Siren“… This Mortal Coil. É uma faixa intensa, eu acho que é do começo dos anos 90.

Eu queria compartilhar essa com todos, porque fala sobre o conceito, pelos menos para mim, de ter estado aberta para receber amor, ter se aproximado dele e então perceber que isso não era o que era e então ter que encontrar uma maneira de se reabrir para ele. Mesmo na letra, conforme você ouve essa garota cantar, é aquele tipo de música que talvez quase tenha esse sentimento Celta e te envia para um lugar que é muito encantador, misterioso, entre outros. Mas no fim, trata-se de manter esse canal aberto para se envolver com alguém assim. E eu queria colocar essa na lista porque eu senti que ela meio que fala com esse “eterno” no amor.

Raul: Essa foi This Mortal Coil com “Song to the Siren“. Então, a próxima ouviremos uma faixa de Paolo Nutini, “Candy”. Agora, onde você encontrou essa?
SK: “Candy” chegou a mim, pois eu estava visitando meu irmão em Milão, na Itália e eu fiquei muito doente e meu outro irmão ficou preso cuidando de mim e me dando chá, limão e essas coisas.

Enquanto eu fiquei lá de cama, eles deixaram a TV ligada e eu vi um vídeo clipe para “Candy” pela primeira vez – isso foi há dois verões eu acho – e foi lindo. Ela se tornou uma dessas músicas chaves para se eu estivesse me sentindo cansada ou chateada ou qualquer coisa do tipo. Ela tinha essa qualidade verdadeira de levantar o astral que me colocava no lugar certo para ir e criar.

Fomos para a França um ano depois e eu falei dela para meu colega de elenco, “Oh, essa música é ótima, você vai amá-la.” Era um filme independente então tínhamos que ir e fazer várias coisas, como nos trocar, tipo não em um trailer, mas em um hotel. E coisas assim. Estávamos voltando para o hotel andando por uma rua de Paris e eu ouço essa música vindo do segundo andar de um desses lindos prédios de apartamentos Parisienses. E as persianas estavam fechadas, mas a janela estava toda aberta e nós paramos. E eu fiquei “Oh minha nossa.” E ali estavam aquelas duas pessoas e eu acho que eles estavam fazendo amor ao som dessa música. E foi absolutamente incrível, pois estávamos sentados lá falando sobre o projeto que é sobre amantes ficando juntos e essa música, que era uma das minhas preferidas, começou a tocar bem em cima de nós e é uma doce lembrança. Então, essa para mim, é uma preferida que eu sempre vou gostar de ouvir em momentos privados.

Raul: Essa foi a música de Paolo Nutini com “Candy”. Agora você terá que me ajudar com a pronúncia dessa última faixa.
SK: Gnossienne

Raul: É de Erik Satie, um pianista incrível e uma música belíssima, mas fale conosco sobre ela.
SK: Eu aprendi piano, isso foi parte de mim durante o ensino fundamental e o ensino médio enquanto crescia, então o som do piano é sempre algo que é uma espécie de alimento reconfortante para mim.

Eu estava em Paris novamente, sozinha. Então “Gnossienne” vem da viagem à França. Ela me surpreendeu. Eu entrei em uma loja de música e enquanto eu estava olhando os CDs eu ouvi essa música e que me tocou. Eu não podia me mexer. Foi fantástico. Era linda, uma linda música que, primeiro de tudo, fala com minha história de tocar piano e também apenas com a música clássica no geral. E então, amar absorver o máximo de um país e o máximo dessas experiências que eu posso e leva-las para casa e compartilha-las com as pessoas que eu amo.

Raul: Novamente, eu quero lhe agradecer por vir, essas músicas foram incríveis. Foi fantástico te conhecer e tê-la aqui na KCRW.
SK: Sim, obrigada por me receber. Eu realmente acho que vocês são incríveis então foi legal vir aqui e ser uma convidada.

Raul: Para a lista complete de músicas e para encontrar essas músicas online, vá ao
KCRW.com/guestdjproject e se inscreva ao nosso podcast pelo iTunes.