Após a primeira temporada ter levado os telespectadores por inúmeras reviravoltas, a segunda promete ter mais do mesmo. A agente do FBI, Emily Byrne (Stana Katic), que foi dada como morta, mas que na verdade estava mantida em cativeiro, retornou a vida, ou para o que costumava ser a vida dela, e nada é como costumava ser.

Nesta segunda temporada, Emily continua a descobrir quem ela é e ainda está tentando encontrar uma maneira de viver e ser feliz. Há uma escuridão persistente em Absentia e, começando logo de cara na segunda temporada, já ficamos com um gancho.

O Global News se sentou com Stana Katic em Toronto para discutir tudo sobre a segunda temporada, a evolução de Emily e o relacionamento com o filho dela.

Global News: Como você se sentiu quando você ouviu sobre a renovação da série para a segunda temporada?
Stana Katic:
 Incrível. [Risos]

Global News: Foi tipo, “Isso é incrível, me dediquei tanto, sou a protagonista…”
Stana Katic:
Me senti tipo, “Oba! Estou interpretando a protagonista!”, mas também sinto que essa série é uma coisa em conjunto. Não foi apenas uma vitória pessoa, mas uma vitória para toda a equipe, o elenco e os colaboradores criativos.

Ainda mais nesta temporada. Esta temporada se aprofunda em muitos arcos pessoais dos outros personagens. Eu assisti os 10 episódio e eles são emocionantes para mim. Estou realmente orgulhosa do trabalho deles. Acho que o público vai curtir os arcos dos diferentes personagens e eles se identificarão de maneira diferente com cada um deles.

Global News: No primeiro episódio da segunda temporada, a história é muito convincente e notavelmente bem filmada.
Stana Katic:
A série se elevou e é isso o que temos que fazer, né? Elevar a narrativa. Temos que nos desafiar, subir o nível a cada temporada.

Global News: Absentia com certeza tem essa complexidade.
Stana Katic:
 Em última análise, ele é um suspense psicológico e temos que mostrar isso. Isso é um desafio para nós. Na primeira temporada, o que fizemos foi olhar para a Emily de uma perspectiva objetiva, especialmente durante a primeira metade. A audiência, como resultado, não necessariamente a conhecia. Emily era um mistérios de diversas maneiras. Conforme avançávamos da primeira temporada, começamos a vivenciar mais momento de, por exemplo, caminhar intimamente ao lado da protagonista.

Então, esta informação bomba aparece no final da primeira temporada; você vivencia isso muito intimamente com a Emily. Na segunda temporada, andamos ao lado dela, muito mais próximo do que antes. Por causa disso, temos a permissão para fazer esses momentos malucos no estilo [David] Fincher no seu cérebro.

Global News: Como produtora executiva, essa abordagem é mais sua ideia? Ou é, novamente, um esforço colaborativo?
Stana Katic: Não é exclusivamente minha ideia, mas é definitivamente parte da discussão. Quando estamos analisando os diretores para a possível terceira temporada, pensamos sobre a trajetória em potencial da série, discutimos com os escritores … é muito importante que esses diretores possam usar essa linguagem visual do suspense psicológico.

Global News: O relacionamento de Emily com o filho dela, Flynn, é sem dúvida o mais atraente. Como esses dois podem se encontrar e encontrar um ao outro?
Stana Katic: 
Vamos explorar isso, com certeza. De muitas maneiras, eles são estranhos e, ainda assim, são muito familiares um para o outro. No período que antecedeu a filmagem de alguns desses episódios e cenas, Patrick McAuley [que interpreta Flynn] e eu nos sentamos e conversamos sobre a nossa abordagem. Ele foi muito claro sobre isso. Ele disse: “Eu sou o pequeno Batman e você é o Batman“. [Risos]

Eu achei isso muito legal porque, a partir da perspectiva dele, há algo heroico na mãe dele… mas ainda obscuro. Ele entende isso, talvez não conscientemente, mas em um nível de DNA. Sinto como esses dois personagens … há um entendimento silencioso, por causa da ligação genética que nem todos podem experimentar.

Global News: Além do que você já mencionou, o que mais você pode me dizer sobre a segunda temporada?
Stana Katic: Todos pensariam agora que tudo está enterrado, tudo está feito, tudo está resolvido no final da primeira temporada. Começamos com uma personagem cuja identidade e senso de si está completamente destruída e ela está tentando juntar as peças. Parte do motivo é que ela não se lembra de muita coisa. Ela está seguindo esse caminho de tentar se recordar de um passado que é um nevoeiro de muitas maneiras.

Na segunda temporada, ela está tentando juntar as peças. Ela está tentando encontrar seu novo normal. Parte do caminho é que ela quer ter um relacionamento com seu filho, que é o ponto de apoio para essa personagem, ele é a razão pela qual ela foi capaz de sobreviver todos esses anos no tanque. Ela precisa saber se ela é segura para ele, se ele está seguro perto dela. Muito disso depende dela descobrir o que aconteceu naquele tanque e naquele tempo longe. Nós desenrolamos muito disso.

A nossa história também muda para a Europa no meio da temporada e é… uma temporada divertida de assistir, porque todos esses personagens têm jornadas realmente interessantes, separadamente e juntos. Há muito meio do caminho, em se tratando de moralidade, para todos.